Cruzando fronteiras

 OBRA DE FICÇÃO

No mirante da Torre de TV, no meio do Plano Piloto em Brasília, Renata sente as lágrimas sendo enxugadas pelo clima seco. Precisava se mover e fazer algo a respeito, o olhar triste se transformava em raiva, o furor do ódio a fazia fixava o olhar nas fumaças das queimadas, seu coração era consumido pelas chamas da vingança naquele instante.

Renata vivia um noivado feliz. O homem dos sonhos, crente, respeitador, acima de qualquer suspeitas. Porém, após 5 anos de relacionamento, os adiamentos do casamento estavam incomodando-a. Viagens e a distância da rotina eram como nuvens sobre a cabeça dela. Decidiu, mesmo contra os conselhos, morar junto com Ricardo, o noivo. Ai que os problemas e brigas aumentaram.

Mesmo assim, Renata acreditava que o destino estava traçado e sua felicidade encaminhada, até que teve que descobrir as traições de seu noivo.

Naquele momento, no alto do mirante, uma mão passou em sua cintura, e os olhos castanhos de Renata mirou nos negros de Alice. “Vamos enxugar as lágrimas, amiga, hoje você se livrou de um cafajeste”. Renata esboçou um leve sorriso enquanto vento ganhava força suficiente para levantar seus longos cabelos castanhos e ondulados.

Com o celular desligado, a mando de Alice, Renata foi conduzida ao apartamento de sua amiga, onde provisoriamente, seria sua casa, até encarar a situação. Nada impedia Ricardo de ligar para Alice, que respondia “Assessoria de Impressa das Cornas Unidas, em que posso ajudar?”. A Tragicomédia era o alento.

O “Roteiro de Libertação” de Alice estava pronto e cada vez que Renata se lembrava do noivo, Alice fazia virar uma dose pequena de Vodca, “Vai beber uma Vodca de verdade que meu contato da embaixada Russa me deu”. De Certo Renata já estava alterada na terceira dose, com isso Alice pode “dominar” a situação e vestir Renata para a noite.

“Como pode...”, pensava Alice olhando Renata se vestir, com as pernas longas e bunda firme, os cílios e o sorriso cativante eram lindos, mesmo com o desejo secreto de Renata de aumentar os seios, mas não era muito necessário, pois ali estava uma quase modelo, que não pode seguir carreira por causa dos pais extremamente conservadores.

Após vestir sua amiga com um look que deixaria perto do estilo das Tops, Alice se arrumou e a levou para um Pub. Tinha recebido um convite de um amigo da embaixada para uma “Festa das Nações” com servidores das embaixadas. Aproveitou a ocasião para levar sua necessitada amiga.

Ao chegar no Pub Renata percebeu que o inglês que tinha aprendido teria que ser usado bem, Alice já tinha avisado que lá era uma extensão das embaixadas, a ONU das baladas. De certo era algo diferente, um clima diferente, não como nas baladas brasileiras. Alice foi apresentando John da embaixada americana e José da Portuguesa. Renata sabia dos encontros de John com Alice, mas apresentar para alguém logo assim. “Aproveita”, Alice sussurrou para ela.

José era bonito e simpático, alto e com barba por fazer parecia ter saído de uma agência de moda. O Sotaque Dava o charme final. Renata olhava o queixo e os lábio dele quando sorria, era algo que estava conquistando. Alice então foi colocando bebidas para todos, John aproveitava, José não bebia por estar dirigindo. Renata ficou rapidamente alterada, não era de seu feitio.

Alice levava sua amiga para dançar e Renata ria, depois ia para a mesa, chorava, sorria de novo e ficava em busca do celular para mandar insultos para o Noivo. Alice fez bem em deixar no apartamento. Renata já passava um poucos dos limites, gritando e contando como pegou o Noivo na traição, começava a ficar chata. Alice percebeu e falou para José deixa-las no apartamento, e depois seguiria com John para outro lugar.

Mesmo relutante, Renata foi levada. Alice deixou Renata no apartamento, levando o celular, e foi prosseguir a noite com John. José pegou contato de ambas e foi.

Ao acordar, com extrema ressaca, Renata ficou extremamente envergonhada. Alice já tinha voltado e fazia o café um “Cura Ressaca”. Alice falou que o José tinha gostado dela, mas Renata não esquecia que estava muito louca e falou muita besteira. Ambas passaram o dia relaxando, fazendo compras, indo a salão e planejando a nova vida de Renata, enquanto Alice mantinha a quarentena do Celular.

Ao final da tarde, pela força do destino planejado por Alice, José e John as encontraram, por pura coincidência perto de um cafeteria. Renata, com toda vergonha do mundo, foi levada a conversar com José, que se mostrava um cavalheiro e simpático. Durante o momento, na mente de Renata veio uma mistura de sentimentos, algo levava a querer estar com José, os lábios dele atraiam tempos em tempos.

Depois da cafeteria foram para o Parque da Cidade passear. E lá sim, com toda surpresa, Renata estava já perto de José, sorrido das piadas que ambos tinham em comum, do jeitos estranhos de cada cultura. Em certo momento, sentados ao banco, após uma saída estratégica de sua amiga para um sorvete, José se aproximou de Renata e ela correspondeu com um beijo que descarregou os sentimentos quês estavam misturados e carregados.

Alice estava com John ao longe quando viu a cena. Ricardo apareceu e foi ao encontro de Renata. Alice puxou John, mas estavam longe. José percebeu alguém com raiva chamando Renata de Puta se aproximando e se levando e se pôs a frente de Renata. Ricardo encarou ele, apontava o dedo, gritava e xingava Renata que já se sentia acuada e começando a chorar. José tentou afastar ela e levar daí. Ricardo foi atrás e empurrou José, agora xingando ele. José manteve firme até perceber o punho cerrado de Ricardo a se levantar.

Uma das funções de José na embaixada é de segurança do cônsul, era formado na academia militar. Ricardo não percebeu quando seu soco falhou, somente sentiu as pernas serem levantadas pelo chute de José. Ao se levantar para tentar novamente levou um soco que o derrubou. Nesse momento John chegou e afastou Ricardo enquanto Alice aparava Renata. José sentiu um pouco o punho, não tinha encaixado bem o soco.

Alice indicou para Renata ir com José para o carro enquanto resolvia a questão ali. Renata foi chorando, não queria uma cena assim. Entrou no carro tremendo. José pegou as mãos dela, geladas, e a acalmou. “Não deixe tal ocorrido te abalar”, falou ele enquanto Renata enxugava as lágrimas. “Vamos indo daqui, te afastar disto”, José disse ligando o carro. Ao sair Renata olhou para o céu límpido de Brasília, com o degrade de cores ao cair do Sol. A cena passava ao longe, José quis andar em algumas vias antes de ir para o apartamento, para Renata se distrair um pouco.

Depois de andar um pouco, José foi pegando um caminho para retornar, Renata olhou para ele, tocou nas mão no câmbio de macha, “Não, vamos andar um pouco mais, por favor”. O Pedido foi atendido, Renata então viu a mão direita avermelhada pelo soco. Ela então alisou a Mao dele, “Desculpe”, falou. José, olhou e falou, “Não foi nada, a situação foi inevitável, não poderia deixar ela se aproximar-se de ti”. Renata então viu que o carro parou devido a um sinal, tirou o cinto e o beijou. Com uma leve buzinada o casal voltou a realidade. Estavam um pouco ao longe da casa de ambos, mas Renata estava com uma mistura intensa de sentimentos, olhou o caminho, conhecia o local, era um condomínio aberto, pediu para José entrar lá.

Com estranheza, Jose entrou, Renata falou que queria passar num local antes e foi guiando para um caminho perto de uma escola e uma praça meio escura. “Ali”, indicou Renata, José parou numa rua entre a escola e a praça e olhou para Renata. “Ela ficou um pouco envergonhada, “aqui era minha antiga escola, namorava aqui”, soltou leve sorriso”. José desligou o carro e Renata voltou a beijar ele.

Estava diferente, seus lábios estavam com um gosto salgado pelo choro, mas isso a fazia se entregar mais. AS mãos, mesmo machucadas, de José a acariciava enquanto os lábios se tocavam e entrelaçavam suas línguas. Ela passou as mãos no peito dele, senti o corpo quente dele. José foi as coxas dela, alisava e subia até a cintura. Numa pausa ofegante ambos se olharam, Renata pegou a mão dele e pois em seus seios acima de seu vestido, ele então entendeu o recado e começou a massagear ambos.

Renata foi sentindo seu tesão aumentar, era ali que ela gostava de ser inicialmente tocada. Puxou as alças do vestido e liberou seu sutiã. José então viu os seios dela desnudos para ele como um convite irrecusável. Em seguida ele se aproximou deles e os beijou e começou a lambe-los, enquanto ouvia os suspiros que ela fazia quando ele tocava a ponta da língua nos bicos sensíveis dela. Enquanto ele estava em um, a mão direita massageava o outro seio, o esquerdo, dela enquanto que com a esquerda deslizava sobre a coxa da perna direita dela.

Ela sentia o tesão subir, o corpo reagir exprimindo seus fluídos. José então, ao colocar a mão na virilha dela, percebeu que ela estava realmente gostando de tudo aquilo. Ao dar uma leve parada Renata o empurrou, saiu de seu banco e sentou em José, que ajustou o banco para tal. Renata rebolava acima dele, pressionando o membro dele dela, mesmo com as camadas de roupa. A respiração alta e elevada dela o fazia ficar mais excitado.

José então passou os seus dedos no lábio dela. A penumbra era algo que a enfeitiçava, o misto de segredo e proibido, então ela chupou o dedão dele dando uma leve mordida e soltando. Como uma confirmação ele se levantou u pouco e ela voltou ao bando dela, agora tirando a calça dele e encontrando seu membro puxou ele, beijou e o chupou percebendo um leve gemido dele e um tensionamento que fez o fez sair de sua boca, colocando-o logo depois.

José estava vendo, uma linda mulher a dar um carinho especial e intimo nele. Renata deixou-se levar pela loucura do momento, recusava a pensar, somente sentir. Depois de um tempo, ele convida Renata para ir para a parte de trás do carro. Ela o obedece enquanto ele pega uma camisinha no porta luvas. Renata se deita e José tira a calcinha dela e começa a chupa-la. Ela sentia a língua dele passear nos lábios íntimos dela e acertar com a ponta seu clitóris. O Tesão dela a fez pressionar o rosto dele nela. José porém foi massageando-a com seus dedos e fazendo ela se excitar muito. Renata já não segurava os gemidos e as ondas de a invadiam até não conseguir segurar o gozo que a fazia tremer e interromper a respiração já ofegante conforme seu corpo fluía.

Foi ai que ela se levantou, o fez sentar no banco, chupou um pouco ele até sentir que estava no ponto, colocou a camisinha e olhando fixamente para ele, foi descendo e se preenchendo com José até sentir-se completa. Estava bem lubrificada e com um fogo por muito tempo reprimido. Ela foi se mexendo, sentindo José fazer parte de seu prazer, ele tirava a camisa e mostrava seu peitoral firme e magnético que afazia rebolar e sentar nele com mais tesão e exprimindo gemidos de prazer.

José estava com os seios dela hipnotizando sua mente, a boca dela aberta formando um “oh” com os fios de cabelo ondulados já dispersos no rosto, eram como um feitiço que se materializada quando ela olhava para ele e soltava um sorriso ao sentir entrar o membro dela nela. Então, das mão ao quadril ela foi aos seios e dava leves beliscões com massageadas. Isso a fazia enlouquecer de uma maneira que a face dela se tornava uma pintura com as poucas luzes feitas pela penumbra do lugar.

Agora José queria dar o melhor de si, afastou os bancos da frente e a fez segurar neles virando as costas dela para ele. José , limitado pelo teto, se apoiou no quadril para empinar e encaixar nela. Ao fazer e sentir que estava firme, foi se movimentando. Renata sentia seu corpo ser empurrado pelo corpo dele, numa pressão que via de baixo para cima e parava no peitoral dele que a abraçava. O Carro se movia, ela sentia, mas o prazer era maior principalmente para José que depois de algumas puxadas gozou na camisinha dentro dela.

Exausto e sentindo que tinha forçado um pouco seu corpo, Jose sentou no banco traseiro. Olhava Renata aproximar e sentar ao lado dele. Então se aproximaram e se beijaram. Ele então parou, arrumou o cabelo dela, passeou com suas mãos ao rosto de Renata e foi descendo sobre o seu pescoço, peitoral, seios, ventre e coxa. Renata via o corpo de José refletindo, com o pouco de suor, a pouca luz que adentrava do velho poste ao longe. “Obrigada”, o agradecimento de Renata tirou José do transe, mas ainda desnorteado não sabia o que responder, até que percebeu que de toda situação, a principio ele que deveria agradecer. Ao tentar falar Renata o interrompeu, “Vamos para casa”, pediu.

Neste momento, José pensou rápido, ao se livrar da camisinha em um saco de lixo que mantinha no caro – odiava sujar a rua. “Vamos a minha casa, lá você pode descansar tranquilamente e estarei a avisar John e Alice que tu estais comigo”. Renata olhou para ele e aceitou a oferta. Ao sair, Renata foi guiando o trajeto de seu passado para o futuro na casa de José. Ao chegar ele cedeu as roupas dele, ela nunca tinha vestido uma roupa de homem, ficou se sentido alguém diferente ao sair do banheiro com uma camisa que, nela, era uma camisola.

Renata comeu algo que José fez enquanto ela estava ao banho. Olhava as esculturas, os livros andando. Até que, com um último pedaço de bolacha a mão viu José, sem camisa, se secando indo ao encontro dela. Ela então o fez comer o pedaço o abraçou e beijou. “Bem eu fico a cá no sofá, tu podes ficar na cama”, falou vestindo a camisa que carregara no ombro. Renata negou.

Naquela noite Renata descobriu que por anos iria se acostumar com o leve ronco de José, este que iria se acostumar com os chutes noturnos, que iriam se mudar para outro lugar, que este lugar não era mais a pátria dela, mas dele e que isso tudo era o começo de uma história que se liga, cruzando fronteiras.




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